Se existe um ingrediente que representa de forma autêntica a alma da culinária goiana, esse ingrediente é o pequi. Fruto típico do cerrado brasileiro, ele é muito mais do que um sabor marcante — é uma tradição, uma memória afetiva e um verdadeiro patrimônio da nossa cultura.
Uma joia do Cerrado
Com seu aroma inconfundível e sabor intenso, o pequi (Caryocar brasiliense) cresce em árvores nativas do cerrado e é colhido entre os meses de outubro e fevereiro, enchendo feiras e cozinhas goianas com seu tom amarelo vibrante. Mas atenção: quem conhece sabe que comer pequi exige cuidado — sua polpa esconde espinhos finíssimos que podem machucar se mastigados incorretamente.
Do arroz ao empadão: versatilidade no prato
Em Goiás, o pequi é protagonista em diversos pratos, sendo o mais famoso o arroz com pequi, preparado com alho, cebola e às vezes acompanhado de frango caipira ou guariroba. Mas a versatilidade da fruta vai além: pode ser usado em conservas, óleos, farofas, licores, pastéis e até sorvetes, encantando turistas e moradores com novas formas de saborear essa iguaria.
Tradição que atravessa gerações
O amor pelo pequi é passado de geração em geração. Para muitos goianos, o fruto lembra a infância na casa da avó, as festas do interior e o cheiro da comida feita com carinho. Preservar o consumo e o cultivo do pequi é manter viva uma parte importante da identidade goiana.
Turismo e cultura: experiência com sabor
Quem visita Goiás — especialmente cidades como Caldas Novas, Pirenópolis ou Goiânia — encontra o pequi em feiras, restaurantes típicos e até festivais gastronômicos dedicados ao fruto. Para os amantes da boa comida, experimentar o pequi é quase um ritual de iniciação à cultura goiana.